Seja um artista, faça arte!

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sexta-feira, 22 de outubro de 2010

A Tempestade - William Shakespeare (download)

Recentemente publicamos um post sobre a peça A Tempestade (The tempest) de William Shakespeare, apresentada pelo Grupo ATO, agora, estamos disponibilizando uma adaptação do texto feita por nós, e uma tradução do original de William Shakespeare na íntegra.


Faça o download da adaptação feita pelo grupo ATO do texto A Tempestade de William Shakespeare,ou se preferir, faça o download do texto original de A Tempestade (William Shakespeare)

sábado, 9 de outubro de 2010

Histórias da Praça de Ingá

O Espetáculo "Histórias da praça de Ingá”, mistura a história contada com a história acontecida na cidade de Andirá (antiga Ingá), nos levando a refletir, rir, chorar e também a sonhar!
A peça estreou no dia 21/12/2009, no Cine Teatro São Carlos, da cidade de Andirá - PR.


 


Faça o download do texto Memórias da Praça de Ingá aqui!

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

A História do Teatro - Em Cordel!



Quem foi que disse que o teatro é uma invenção grega?
Afinal, o teatro existe desde que o homem aprendeu a lidar com a arte e com a cultura, e depois disso, não parou mais...
Agora, imagine quanta coisa não foi feita nesse tempo todo. Por isso,  existem muuuuitas histórias para se contar sobre o teatro!
Então, se estiver interessado em conhecer um pouquitinho de cada fase importante da história do teatro, à partir da existência do homem até a atualidade, confira à seguir, a primeira produção realizada pelo grupo Ato:

Faça o download deste arquivo aqui!


História do Teatro em Cordel

Autoria: Grupo Ato


*Palma da mão

Senhoras e senhores
Prestem muita atenção
No cordel que será apresentado
Sem muita enrolação

A existência do homem
Foi onde tudo começou
Houve persistência
Pois não mais parou

Mas o teatro não é
Uma invenção grega
Pode ser manifestação
Seja artística ou não

No mundo ocidental
Ainda não existia varal
Mas tinha Thespis que era autor
E também era um ator

Percorrendo cidades o teatro
Cômico ou trágico
Fez de palco seu carro
Que por sinal era algo mágico

Ele rompeu com a tradição
Em coro fez declamação
Ao ar livre ou em semi-círculos
Aconteciam os espetáculos

A finalidade da tragédia clássica era emocionar
E lágrima no expectador provocar
Já a comédia era satirizar
Fazer rir de seus defeitos e com ele se identificar

De início o teatro romano era do grego a imitação
Era feita a atuação sem convicção
Com a comédia empolgação
Mas com a tragédia não

Na era medieval
O teatro sofreu declínio total
Combatido pela igreja católica
Era concorrência religiosa

Para a atriz com a nobreza se casar
Sua profissão deveria renunciar
A atriz era equiparada às prostitutas
Mas não! Elas não eram putas!

O comediante não podia receber comunhão
Enquanto ficasse nessa profissão
Saltimbancos e pantomimas
No teatro não era o lugar de apresentação

Mas a igreja quebrou o preconceito
Do teatro usou seu conceito
Para se comunicar com o povo em seu favor
Utilizando o teatro sem o menor pudor

Gil Vicente em Portugal
Com uma maestria genial
Fez da terra do bacalhau
Uma grande influência mundial

No renascimento melhorou no teatro sua situação
Na era da navegação
Com o florescimento intelectual
Veio o engrandecimento do valor teatral

Um simples sapateiro
Explorava temas gregos o dia inteiro
Hans Sachs na Alemanha
Escreveu textos com façanhas

* muda baqueta em pé

Commedia dell’Arte, assim chamada pela improvisação
Provocou no teatro italiano uma nova sensação
Os artistas que não eram nada cínicos
Eram grandes atores mímicos

E foi em 1622
Que a comédia insistiu em reinar
Com um tal de Molière
Quase fazendo a tragédia encalhar

Escrevendo hora em verso
Escrevendo hora em prosa
Com comédias e farsas
Fez da comédia mais formosa

Depois do sumiço do Shakespeare
E o reinado do malvado Cromwell
Veio a bela restauração
E liberou a mulher para atuação

Sem Molière no teatro francês
E borbulhando o coração burguês
Criticando a aristocracia
A Revolução Francesa levou o rei a guilhotina
  
Da opereta ao balé
O teatro russo deu um olé
Com obras européias importadas
Onde lá eram consagradas

Na revolução francesa... não, antes!
Criado por italianos as companhias itinerantes
Influenciou novas companhias teatrais
Com visitas em todos os locais

O teatro norte americano muito representado
Da Europa era importado
Tennessee Willians e Arthur Miller
Conquistaram renome universal

Quando os franceses fizeram a invasão
Fugiu para o Brasil Dom João
E com a sua chegada
O teatro deu uma disparada

São Paulo que já tinha pequenas salas de espetáculo
Passou a ter um verdadeiro teatro
Os camarotes não tinham mobiliários
Sendo eles levados pelos escravos

Quando e onde menos se esperava
Das artérias de seu criador o teatro exalava
O escandinavo Ibsen com seu realismo genial
Foi do psicologismo a crítica social

O Teatro do absurdo causou grande escândalo
Mas era constituído por artistas e não vândalos
E o povo embasbacado achava aquilo incoerente
Uma loucura pensante que faz bem para mente

No Brasil colonial
Pouco existiu de arte teatral
Havia um folclore natural
Distante do eurocentrismo tradicional

Dom Pedro I na cultura se engajou
Ficou tão entusiasmado que um hino ate criou
O da Independência do Brasil
Tão amável e tão gentil

Quando João Caetano o teatro assumiu
A influência portuguesa todinha caiu
O teatro ele mudou várias obras criou
E em sua homenagem um teatro se fundou

*Baqueta meio a meio
  
Quando João daqui se foi
Seguidores ele deixou
A mentalidade dos autores ele transformou
Com dramas e comédias o povo se encantou

No segundo reinado a ópera deixou legado influente
Que em dois teatros se passava igualmente
Foi bom porque surgiu
Um conservatório no Brasil

O Teatro São João agora São Pedro
Deu oportunidade a uma companhia de brasileiros
Era forte a influência portuguesa
Que era donde vinha a realeza

Com a morte de Pena e o retraimento de Magalhães
Macedo, o espaço vago veio a ocupar
E com um de seus rivais que é o Alencar
Marcas em nossos textos veio deixar

França Júnior de acadêmico autor passou a ser
Suas peças todos queriam ver
Já Artur Azevedo nas paródias se arriscou
E como um belo escritor conhecido ficou

Teatro de revista nasce na França
Onde o acontecido se contava
No Brasil essa moda pegou
E muitos autores influenciou

Novos valores surgiram em nosso teatro
Coelho Neto e Leopoldo Fróes, João do Rio
Gustão Tojeiro compunha comédias e farsas
Com grande espontaneidade e graça

Procópio Ferreira grande ator cômico
Caiu no gosto das platéias brasileiras
Tinha nos seus pontos mais irônicos
Crítica sobre a plebe e a nobreza

E Jaime Costa certo dia
Criou a sua Companhia
Das obras de Pirandello foi o primeiro a encenar
Nesse Brasil ingênuo e belo veio o moderno nos revelar

Renato Viana e o Teatro-Escola
Pecado, intolerância e moralismo
Pretensão didática que aflora
Sexo, incesto e civismo

O que seria do Teatro de Comédia
Construído no Rio na década de trinta
Dulcina e Odilon sem medo
Fizeram da tela a história ser tinta

A Opereta chegou pelos estrangeiros
Com portugueses e italianos
Aqui encontrou vários parceiros
Unindo viola e piano

Seu sobrenome é de revolucionário
Criando aqui o Teatro do Estudante
Pascoal Carlos Magno
Revelou um teatro atuante

O teatro infantil e Lúcia Benedetti
Estão ligados de forma inerente
Pois foi essa atriz com sua coragem
Que quebrou uma concepção vigente

No âmbito puramente regional
Nasce o teatro de amadores de Pernambuco
Tornando-se um sucesso nacional
Ao revelar Suassuna e seu grupo

* Baqueta em dupla

Reagindo contra o teatro excessivamente comercial
Nasce o grupo: “Os Comediantes”
Que encenam Oswald de Andrade e Nelson Rodrigues
De uma forma extremamente brilhante

Essa companhia leva seu nome
Cacilda Becker podemos chamar
Tendo larga atuação e muita fome
De arte e cultura a nos ensinar

Em quarenta surge no Rival
Companhia Eva Todor e sua permanência
Mostrando pelo Brasil e pelo exterior
Um teatro bonito e de resistência

Também nesse imenso Brasil
Houveram companhias de curta duração
Que terminaram pelos integrantes que partiram
Alguns para Hollywood na tentativa de ganhar seu pão

Em São Paulo se formou
Por um grupo de autores da classe média
Um teatro próprio que se chamou
Teatro Brasileiro de Comédia

A Companhia Toni-Celi-Autran
Foi para São Paulo fazer cinema
Celi foi para a Europa Bom vivan
Quando crescia a TV pela antena

Inaugurado em 1948
O inovador Teatro de Bolso
Deu origem a grandes atores
Peças, risos e flores

Mulheres doces e insanas
Envolvente trama, grana
Nelson Rodrigues é quem chama
Nosso primeiro autor de monodrama

Ela do Teatro Brasileiro de Comédia
Ele do Teatro do Estudante
Sergio Cardoso e Nídia Lícia
Tiveram presença marcante

E Maria Della Costa
Começou como comediante
Teve sua companhia
E na TV foi exuberante

O Serviço Nacional de Teatro em cinqüenta
Criou a Companhia Nacional de Comédia
Mas com a Censura que o poder ostenta
O que perdurou foi o clima de tragédia

Mas o Brasil possui grande riqueza
Não pára sempre produz
Fernanda Montenegro também é estrela
Nesse Brasil teatro que reluz

Trupenp se mostra agradecido
Por lhes contarem a história do teatro
Esperamos que tenham gostado
.... e fica aí sua opinião




A Tempestade - William Shakespeare




Sobre a Peça "A Tempestade" que estreou no dia 15/09/2010.


Shakespeare
Considerado o maior dramaturgo da literatura Inglesa, criador de obras imortais como Hamlet, Romeu e Julieta, Otelo, Macbeth, entre outras, Shakespeare influenciou e ainda influencia o teatro ocidental, mantendo-se atual, inventivo e capaz de emocionar plateias do mundo todo.

A Tempestade
Tida como a última obra do autor, A Tempestade é uma história de dor e reconciliação, amores e conspirações, risos e gargalhadas, marcada pelo incrível contraste da tragicomédia.
Ambientada numa ilha mágica, acompanhamos o poderoso Próspero em sua jornada de acerto de contas com o passado, na qual seres de outro mundo (o espírito do ar Ariel), pessoas da alta nobreza (Príncipe Ferdinando, Rei Alonso e seu puxa-saco Gonzalo), um índio, um palhaço e um pirata, bêbados e não tão nobres assim (Calibã, Trinculo e Estéfano) entram em cena transformando a ilha numa jornada de auto-conhecimento e muita confusão.
Considerada uma obra ímpar do autor e obrigatória na lista de muitos vestibulares nacionais –  A Tempestade além de juntar vários elementos dos espetáculos de Shakespeare, como o amor (Romeu e Julieta), traicão em familia (Hamlet), palhaços (o bufão), e ainda outros elementos, traz como inédito testemunho do autor os primeiros contatos do europeu com o Novo Mundo, a América, e através das lentes de Shakespeare, podemos captar toda uma visão de mundo à época, tempo em que os colonizadores levavam a civilização aos “povos selvagens”.

Sistema Coringa, Dramaturgia Simultânea e a Opereta
Na montagem da obra A Tempestade, de Shakespeare, o grupo ATO apropriou-se de ideias interessantes ligadas ao Teatro do Oprimido, e deixou a linguagem de erudita e rebuscada de shakespeare com um caráter popular, utilizando-se do Sistema Coringa, método em que os atores se revezam interpretando mais de um personagem no decorrer da peça (pois acreditamos na não propriedade privada sobre as personagens), e a Dramaturgia Simultânea, em que a plateia interage diretamente buscando alternativas para o problema encenado, interferindo diretamente na ação dos atores. Outra atrativa concepção estética da adaptação do grupo encontra-se na trilha sonora feita somente com composições originais e executada ao vivo no palco durante a apresentação, colocando-se assim no formato pouco usual, porém não menos divertido de uma Opereta.



Opereta: